Testemunhas do caso Genivaldo de Jesus dos Santos, de 38 anos, morto durante uma abordagem de policiais rodoviários federais na BR-101, em Umbaúba (SE), foram ouvidas nesta quarta-feira (27) para um processo administrativo da PRF.
O advogado de defesa da família, Lucas Alves, não citou o número de pessoas ouvidas e informou que os depoimentos foram prestados na Delegacia de Polícia Civil da cidade de Umbaúba.
Genivaldo morreu no dia 25 de maio depois de ter sido trancado no porta-malas de uma viatura da PRF e submetido a inalação de gás lacrimogêneo. A certidão de óbito concedida pelo Instituto Médico Legal à família no dia seguinte à morte apontou asfixia e insuficiência respiratória.
Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia foram citados pelo Fantástico como os responsáveis pela ação que resultou na morte do sergipano.
Os agentes envolvidos diretamente na abordagem foram afastados das funções pela PRF, que afirmou que não compactua com as medidas adotadas pelos policiais durante a abordagem.
Os policiais já haviam admitido que usaram spray de pimenta e gás lacrimogêneo dentro da viatura. Os três agentes já prestaram depoimento à Polícia Federal, além de outros dois agentes que assinaram o boletim de ocorrência, mas não participaram da ação.
A Justiça Federal em Sergipe negou o pedido de prisão dos três agentes. O pedido foi feito pela defesa da família da vítima, que ainda não se manifestou sobre a decisão.