Celebrado em 20 de novembro, no dia da Consciência Negra, o aniversário de morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares será lembrado com a programação do Novembro Negro em Sergipe. O Fórum de Entidades Negras de Sergipe reuniu-se na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT/Sergipe) e na Comunidade Maloca com os remanescentes do Quilombo Maloca e com os representantes dos movimentos sociais, objetivando a construção da Marcha da Consciência Negra para os dias 18, 19 e 20/11.

A audiência pública sobre Genocídio da população negra em Sergipe é a primeira atividade que acontecerá no dia 18 de novembro e contará com a presença de familiares de Genivaldo e do jovem Mateus.

Moradores da Comunidade Pantanal contam que Mateus foi assassinado com 5 tiros em abordagem policial no início de outubro. A comunidade denuncia que além do assassinato, o corpo do jovem Mateus demorou a ser encontrado dentro do mangue. Atualmente o corpo de Mateus continua no IML e a família luta pelo laudo correto e por justiça.

Genivaldo de Jesus Santos, era um homem negro, uma pessoa querida, que sofria de esquizofrenia e morreu asfixiado, vítima de uma abordagem policial violenta no município de Umbaúba, em maio de 2022.

A audiência pública sobre o Genocídio da população Negra em Sergipe também deve contar com a presença de membros da Defensoria Pública, do Ministério Público Estadual e da Secretaria Estadual de Segurança Pública.

Seguindo a Programação do Novembro Negro em Sergipe, no dia 18/11, à noite, haverá programação cultural na Comunidade do Pantanal.

A Marcha da Consciência Negra

No dia 19 de novembro, a Marcha da Consciência Negra sairá do Quilombo Maloca e além do genocídio do povo preto, denuncia o racismo estrutural por entender que o mesmo se configura num processo em que as condições de organização da sociedade reproduzem a subalternidade de grupos que são identificados racialmente. Em 20 de novembro, o dia da Consciência Negra será marcado por atividade política e cultural no Geruzinho com o Grupo Quilombola Descidão do Quilombo.

Foto assessoria

Por Iracema Corso