Santa Luzia (Santa Lúcia ou Santa Luzia de Siracusa) também é considerada padroeira dos oftalmologistas. Aliás, seu nome, em latim, significa literalmente “santa portadora da Luz” ou “aquela que leva a luz”.
Segundo a história passada por gerações, a jovem, nascida em Siracusa na Itália, teria abdicado de toda a sua riqueza para ofertar aos pobres e sofreu perseguições por ser cristã e por seu voto de virgindade perpétua, negando-se a casar e enfurecendo o pretendente arranjado por sua mãe. De acordo com a tradição oral que se espalhou, os olhos de Santa Luzia teriam sido arrancados antes de ser decapitada no ano 303 por não abrir mão de suas convicções.
Não se sabe ao certo porque o Dia de Santa Luzia (ou Santa Lúcia e mesmo Santa Luz) é celebrado atualmente no dia 13 de dezembro. No entanto, sabe-se que antes da reformulação do Calendário Gregoriano, a data era comemorada próximo do Solstício de Inverno (22 de Dezembro, no Hemisfério Norte).
As festividades são de origem popular e tradicional, principalmente na Escandinávia. No Brasil e em Portugal, o culto a Santa Luzia também é bastante forte entre a comunidade católica. Os católicos acreditam que o Dia de Santa Luzia é celebrado doze dias antes do Natal como um sinal, para indicar a necessidade da preparação espiritual (iluminação espiritual) e purificação para o nascimento de Jesus Cristo.
Aniversário do Gonzagão
Também, no dia 13 de dezembro comemora-se o aniversário do cantor Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.
Luiz Gonzaga (1912-1989) foi um músico brasileiro. Sanfoneiro, cantor e compositor, recebeu o título de “Rei do Baião”. Foi responsável pela valorização dos ritmos nordestinos, levou o baião, o xote e o xaxado, para todo o país. A música “Asa Branca” feita em parceria com Humberto Teixeira, gravada por Luiz Gonzaga no dia 3 de março de 1947, virou hino do Nordeste brasileiro.
Luiz Gonzaga nasceu na Fazenda Caiçara, em Exu, Sertão de Pernambuco, no dia 13 de dezembro de 1912. Era filho de Januário José dos Santos, o mestre Januário, “sanfoneiro de 8 baixos”, e de Ana Batista de Jesus. O casal teve oito filhos.
Desde menino, Luiz Gonzaga já pegava na enxada, mas preferia ficar olhando o pai tocar sua sanfona. Logo aprendeu a tocar e animar as festinhas da região. Cresceu ajudando o pai na roça e na sanfona, mas também fazia pequenos serviços para os fazendeiros da região.
Entre 1948 e 1954, Luiz Gonzaga morou em São Paulo, de onde viajava para todo o país. O seu sucesso não parou mais. Em 1980, Luiz Gonzaga cantou para o Papa João Paulo II, em Fortaleza. Convidado pela cantora amazonense Nazaré Pereira, se apresentou em Paris. Recebeu o prêmio Nipper de ouro e dois discos de ouro com “Sanfoneiro Macho”.
Em 1948, Luiz Gonzaga casou-se com a pernambucana Helena Neves Cavalcanti e juntos, criaram Gonzaguinha e adotaram a menina Rosa Gonzaga. Luiz Gonzaga lutou durante seis anos contra um câncer de próstata. No dia 21 de junho de 1989, foi internado no Recife, Pernambuco, no Hospital Santa Joana, já bastante debilitado. No dia 2 de agosto de 1989 faleceu vítima de uma parada cardíaca.
Em 2012, quando se comemorou 100 anos do nascimento de Luiz Gonzaga, foi lançado o filme “De Pai Para Filho”, narrando a relação conflituosa entre Gonzaga e Gonzaguinha. O artista recebeu várias homenagens em todo o país.