Em entrevista coletiva, médicos que cuidam da cantora Paulinha Abelha, no hospital Primavera, foram claros: “Nosso interesse é mantê-la viva, e não está sendo uma missão fácil”.
A “musa do forró” está intubado, em estado de coma, com inflamação hepática e comprometimentos renal e neurológico.
Os médicos tentam muito, mas não conseguem rever o quadro neurológico, considerado “muito grave”.
Veja o que diz o médico Marcos Aurélio Alves, que cuida da paciente:
“A situação dela a gente vai um dia de cada vez, hoje o nosso interesse é mantê-la viva, e não está sendo uma missão fácil. Não me sinto confortável para falar sobre sequelas, isso vem mais a frente, se sobreviver, precisamos que ela passe dessa fase aguda, recupere função renal, recupere função hepática, para que se possível for, retorne às suas atividades.”
Paulinha continua em coma profundo, mas a situação não é tratada pelos médicos como “morte encefálica”, disse, completou o Dr Marcos Aurélio.
Os três médicos concederam entrevista coletiva. Nem a medicina sabe o que está acontecendo:
“Ela está em coma profundo, mas não falamos em morte encefálica, a situação dela traduz uma injúria encefálica severa, mas não existe o conceito de irreversibilidade ainda. Estamos trabalhando para reverter este processo, melhorando a questão clínica, controlando a disfunção de múltiplos órgãos e sistemas”.
Depois do que disse o médico Marcos Aurélio Alves, o diretor técnico Ricardo Leite respondeu a questionamento:
“De fato o uso abusivo de anti-inflamatórios, diuréticos, podem levar a lesão renal, mas o fato é que não tem nenhum exame comprovatório que diga que ela tinha uma lesão crônica. O uso abusivo é rotineiro, mas não parece ter sido isso que aconteceu”.