Cadeiras danificadas, buracos no chão, sujeira e ferrugem em ônibus do transporte público da Grande Aracaju viraram alvos de reclamação e piada de usuários do serviço nas redes sociais nos últimos dias.
Uma das postagens, feita no dia 8 de agosto, pelo professor Cézar Augusto, mostra uma cadeira quebrada com o encosto solto. “As exclusivas reclináveis no transporte público”, ironizou.
A linha é a 001-Augusto Franco/Bugio, que o professor utiliza todos os dias. “O preço não condiz com a demanda e qualidade, no início da manhã o 001 não cumpre os horários e ainda vemos ônibus com baratas, ferros expostos, portas danificadas e os bancos como mostra o vídeo”, reclamou.
Além das condições do ônibus, Cézar Augusto falou que há problema com a quantidade de veículos. “Aqui no conjunto onde moro, Augusto Franco, a linha 702 parece extinta, sem falar na disponibilidade nos finais de semana, onde a situação é gritante no Terminal Campus [na Universidade Federal de Sergipe, em São Cristóvão].
No vídeo postado pelo professor, um dos comentários diz: “Morei 1 ano em Aracaju e a qualidade do transporte público era um dos meus maiores pesadelos. A cidade é bem conectada pelas estações, mas fiquei assustado com os ônibus precários, sujos e a selvageria que gerava por causa de poucos horários disponíveis pro volume de passageiros”.
Em outra postagem, um usuário registra que um buraco no piso do ônibus deixou exposto o pneu do veículo. A linha é a 307-São Cristóvão/Zona Oeste.
Já em outro registro, uma usuária mostrou falta de cadeiras e presença de ferrugem no 406-Aloque/DIA.
Através de nota, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Aracaju informou que cobra diariamente das empresas que fazem parte do sistema de transporte público melhorias no serviço. E que, em 2019, iniciou a renovação da frota e já inseriu no sistema 141 ônibus novos, o que corresponde a mais de 50% de toda a frota que atende a capital e da Grande Aracaju composta por veículos com menos de cinco anos de uso. A SMTT cita que há ainda problemas no sistema, que foram agravados durante a pandemia, além do aumento dos insumos, a exemplo do diesel.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setransp) informou que cada empresa tem o seu canal de contato para ouvir reclamações e sugestões dos passageiros. Sobre a frota, o sindicato disse que há necessidade de melhoria total. No entanto, o sistema de transporte está em colapso financeiro há anos e a tarifa não sustenta o custo do sistema. Além disso, não foram feitos aportes extratarifários e desonerações significativas para ajudar o setor a sair dessa situação. Por isso, não ainda houve uma renovação total dos ônibus.
Fonte: G1